Posso conhecer?

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Posted by Nanashi | Posted in | Posted on 06:46

Agora sei onde realmente nascem as estrelas
No lago fundo negro-claro de seus olhos
Brilham como se fossem imortais
Mas, não passam de batidas em meu peito

Minhas mãos trêmulas, anseiam pela incerteza de teu toque
Posso ver claramente lágrimas de estrelas
Num rio claro de euforia e no vício do almejar

Sinta minha doença enclausurada em minh'alma
Seu espirito rebelde como uma tempestade
Mas, eu sou o ar

Carrego seu suspiro, suas angústias, suas verdades-mentiras
Seus sonhos, seus medos e seus desejos
Balanço seus cabelos, refresco sua alma
Trago a vida...

Uma brisa que ganha forças ao beijar um campo florido
De boca em boca deixa o teu toque
De céu em céu o teu manto

Primeira e única noite

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Posted by Nanashi | Posted in | Posted on 15:35

A luz do poste está marcando 20:04 em meu relógio, as cortinas vem até mim para desfazerem os desenhos que vejo na fumaça deixada pelo meu cigarro. Existe mais coisas nessa janela semicerrada do que com que ela toda fechada ou toda aberta. Muitas vidas aqui dentro, ganharam e perderam o único propósito... Lá fora, sobre meu olhar, podia ver quantas vidas eu perdi para o mundo. Mas ninguém sabe, sim, somente eu sei. Não!! Penso que sei, mas é claro que sei! As vidas aqui deixaram de ser fantasmas e se tornaram tangíveis. As rachaduras nas paredes, quando eram olhadas de perto pareciam veias, e somente só quando as toquei pude sentir aquele pulsar e aquele calor. Era tão reconfortante que pensei em roubar o calor do sol, só para eu me queimar até as cinzas. Assim poderia voltar para aquelas rachaduras e poder passar por todo o seu caminho suculento, com aquele mais belo sulco, uma seiva densa, quase transparente. Mas, no fim era tão viva que parecia o pedaço da alma, com todas aquelas crenças do mundo lá de fora. Acreditam muito naquilo, e o sangue fica grosso, mas muito saboroso. Sim, saboroso, sim e sim, era tão bom poder olhar as rachaduras se encherem de vida, e percorrerem toda aquela parede. Um belo corpo, mas estragado pela vaidade mundana. Quando a vi pela primeira vez, vi somente como ela deveria ser! Pregada entre aquelas estacas, em forma de sonho e deixando o seu pesadelo cair lentamente de gota em gota sobre meus dentes. Mas penso que aquele sonho, era apenas a primeira rachadura quando olhei para você! Seus olhos mentiam, todo o seu corpo te entregava; o que fez pensar que poderia me enganar? Sua língua fora o prêmio mais desejado de um açougue para todos nós, pudemos provar, lamber todas aquelas pequenas partes, suas línguas. A sua irmã era mais linda, porém menos saborosa. Dia oito do mês quatro, já fazia dois meses que meu amor carregava uma vida sobre sua barriga, lembro como se fosse hoje... Aquele dia quando a costurei de dentro para fora, e assim no fim do ano pude nascer, coberto de desejo por esse mundo. Sim eu sou! E sempre serei a encarnação de suas vidas passadas.

Meus-teus olhos castanhos-negros

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Posted by Nanashi | Posted in | Posted on 15:54

Mostram o mistério vazio do que não quero encontrar.
E almejo mais do que tudo ser.
Detalhes borrados da vida sobre teu ser, abraçando-me num sorriso.

Onde?

Quanto mais tento voltar para permanecer e não ir.
Quanto mais tolo me torno por tentar fingir.
Quanto mais sincero almejo ser comigo mesmo.
Quanto mais desenterro, mais desejo enterrar-me em teu jardim.

Como será você?

Réplica de vidas passadas que surgem a cada esquina.
Ignorante meu ser, que tenta ignorar.
Foge e se engana, esquece somente para lembrar.
Ponho a culpa no desejo, mas são teus lábios sabor de sina.

Quando irei permitir-me conhecer-te?

E.. Tu sempre a sorrir.
Sempre a olhar-me.
Teu cabelo como a chuva de verão, me embala nos anos a fio.
Venha me dizer sobre as coisas que sei, e que todas nunca foram.

Deixe o que sou lá fora e traga um novo eu!

Loucura

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Posted by Nanashi | Posted in | Posted on 17:25

O texto abaixo tem por objetivo explanar uma visão diferente do significado da palavra “loucura” utilizada em nosso dia a dia.

Seria a tal loucura?

Penso no medo como uma forma de loucura encaixotada e pronta para explodir a qualquer momento, só que ela não está pronta para explodir, pois a mesma nunca fora encaixotada. Só querem que pensem assim, ela está sempre diante de ti, mas sempre a ignora e finge que é passageira, mas o que é passageiro é este demasiado pensamento sobre as questões da loucura. Pode-se dizer clínica, sim, como vai a saúde mental do paciente? Mas e aqueles que possuem uma loucura diagnosticada como apenas um surto momentâneo para coisas diferentes e sem contexto diante do que sempre se possui, bem a frente das mãos e encrustadas nas unhas. A loucura já explodiu, ela nunca foi armazenada, só a fizeram “perecer”. Como se prende algo que sempre aparece quando se está em situações improváveis, digo, que nunca lhe foram testadas por sua experiência anteriormente, visto que a sempre utiliza como uma válvula de escape. Mesmo ela sendo a mais certa das combinações possíveis para a resposta de sua aflição momentânea. Tentam padronizar aquilo que não deveria ser padronizado. O limite em limitar as coisas para simplificar; mas simplificar o que? O pensamento? A dúvida? O que poderia lhe trazer a certeza que sempre é “certa”? Sim, uma palavra é uma palavra, basta ir ao dicionário, para se obter um significado. Mas o que significa o próprio significado? Vejo apenas coisas vagas e não concretas como queriam que fossem. Seria essa a contribuição para o sistema? Esse sistema que nos rege e nos domina por medo?

Interesse

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Posted by Nanashi | Posted in | Posted on 17:24

O texto abaixo tem por objetivo explanar uma visão diferente do significado da palavra “interesse” utilizada em nosso dia a dia.

Seria o tal interesse?

Construir a si próprio!
A busca para...
Quando se procura, mesmo que não se encontra, acabamos por nos encontrar. A questão chave, seria sanar a sede, mas me parece que bebemos água salgada. E assim cada vez mais encontramos a sede, alguns ficam empanzinados por algum tempo, porém é momentâneo, visto que a fome ronca novamente mais tarde. Ir além do que já fora dito e visto. Descobrir um novo amarelo dentre o próprio amarelo.
Creio que não seja descobrir e sim perceber, pois simplesmente unimos pontos. Os quais possuem inúmeras combinações, com os mais diversos resultados. Não existe o novo e sim aquele bom e velho “perceber”; ver para crer. A qual está esperando alguém os olhar e não os atravessar.
Não posso ser aquilo que não sou, pois mesmo que digam, para buscar algo novo, algo que ninguém nunca viu ou ouviu ainda, esse sempre existiu, mesmo não sendo “descoberto”.
Acabará preso por padrões que um dia lhe cegará completamente.
O seu interesse, o seu “ego-ísmo” deve apenas servir a você em primeiro instante, o foco deverá ser apenas seu e sem distrações.
Objetivo alcançado, interesse à vista, diagnosticado com certeza do encontro para uma união/agregação.
Superar-se!

Humildade

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Posted by Nanashi | Posted in | Posted on 17:23

O texto abaixo tem por objetivo explanar uma visão diferente do significado da palavra “humildade” utilizada em nosso dia a dia.


Seria a tal humildade?

“Talvez” declinar nos diga como ser humildes e pacientes, um titulo visto como nobreza de um justo que se faz por injusto.
Descer para subir.
Mas o que compreenderia o sentido de esquecer o que se sabe, usando outros tipos de significados, pode-se dizer que seria um “auto-enganar”.
Numa busca singela de aproximação e entendimento para com o outro.
Visto que possuímos dois ouvidos e uma boca. “Talvez” seja esse o método; compreender, visando diversos lados de uma única saída.
Dizem que valores se constroem, então essa humildade mistificada em pele de cordeiro seria a razão para a convivência. O agrado seria o pior dos desejos do homem para com o homem. Mas vos digo. Como alcançar tal ser que está sempre ao teu lado, a não ser “rebaixando-se”. Sim, tornando-se inferior, mas não se engane. Esse seria o seu orgulho. Sendo que o caminho da luz, fora visto antes por ti. Sem o outro perceber, esse outro seria a ignorância de nossa arrogância. Não existe culpado! Existe “culpa”.
Um aproveitador, melhor seria o papel apresentado a ti. Em busca sempre do interesse, do seu interesse. De seu egoísmo.
Enfim buscamos aquilo que necessitamos, depende da coragem para efetuar o meio, sendo ele seu correto ou os “deles”. Certo-errado.

Conformidade

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Posted by Nanashi | Posted in | Posted on 17:22

O texto abaixo tem por objetivo explanar uma visão diferente do significado da palavra “conformidade” utilizada em nosso dia a dia.

Seria a tal conformidade?

A harmonia dos contrários. Um só lado de duas caras, continuando a ser apenas um.
Quando conformamos com algo? Quando existe um fim, no caso uma resposta satisfatória. Mas o que a faz satisfatória?
“Talvez”não seja, mas no dado momento é a única disponível. Será? Ainda é satisfatória, mesmo parecendo ser? Penso estarmos de certa maneira programados para concordar. Seja por receio, respeito para com o outro ou qual seja o fato, irá ser irrelevante.
A xícara transborda dúvidas, e o novo liquido que cai em seu interior muda o atual conforme o tempo. Sim, acabara por concordar com os fatos.
Mas sobre essa concordância e aceitação, posso dizer que concordamos por concordar.
Não significa respeito e nem vergonha e sim medo do fim do “agrado”, agrado para com o outro.
Não sabemos nem se concordamos por nós mesmos.
Você nunca está satisfeito consigo e com as coisas ao seu redor? O que te faz pensar que sim e que não? Aceitação e calmaria, por padrão é o que nos é designado.
Evitar conflitos e testar a mente.
Por fim, conforme-se.
Desprenda-se daquilo que lhe suja as mãos e deixa nublado a vista. Mesmo aparentando mãos limpas para comer e olhos bons para ler.